Ser Santo!

Há muito tempo, tenho pensado nessa frase que é motivo de grandes discussões entre o público jovem, e que não tem uma resposta clara para a maioria deles.

Tentei então, buscar algo que me pudesse levar a essa “resposta” ou coisa parecida. Essa pesquisa foi baseada, na minha vida de grupo de oração, entrada na RCC, vivencia de "testemunho de vida" na faculdade, em letras de músicas, em leituras diárias de formações e em minha oração pessoal.

Bom, antes de tudo é preciso saber o significado de cada palavra e, se formos procurar em um dicionário o significado do verbo "Ser", teremos o seguinte:

- Existência, vida; aquilo que é que existe.

Já na palavra "Santo", vemos assim:

 - Essencialmente puro perfeito em tudo; Que vive na lei de Deus.

Diante desses significados percebe-se que a visão de santidade ainda esta voltada para a ausência do pecado, ou até mesmo, como a maioria das pessoas pensam, que santo é todo aquele que veste roupas longas, que vive aprisionado a pensamentos antiquados, e que não aproveita a vida.

O que acontece é que, essa não passa de uma visão distorcida que as pessoas criam por falta de conhecimento. Os santos que aqui viveram, também pecaram, alguns ainda “provaram da vida”, mas o que os diferencia das outras pessoas é a sua busca constante por Deus, os seus ideais de conversão, de fé, de misericórdia, de oração, de evitar o pecado presente no mundo e nas pessoas e, da humildade de prostrar-se por terra reconhecendo a sua pequenez e a sua fraqueza.

A verdadeira santidade não se resume apenas em trajes ou ausência do pecado, mas Ser Santo está no modo de vida, de comportamento, de visão espiritual do mundo e de Deus. Ser Santo é não tolerar o pecado, é ter misericórdia de si mesmo e do outro reconhecendo que ninguém é perfeito (se não Deus) que caímos a todo instante, mas que todos podem fazer algo melhor para se levantar e construir uma nova vida. Ser Santo é estar em oração e em sintonia profunda com Deus, tentando sempre levar ao mundo o Querigma (o 1°anúncio de Jesus Cristo, para levar a fé nele).

Precisamos ser Santos, essa juventude precisa ser Santa! Seremos então a geração de “Santos de Calça Jeans” (Tema do livro de Adriano Gonçalves). Você deve estar se perguntado Santos de Calça Jeans?

É isso mesmo que você leu. “Santos de calça jeans” são todos os jovens que aproveitam o melhor de sua juventude “sem pertencer ao mundo” e sem afastar-se de Deus, sem fazer uso das coisas que levam ao pecado. São todos aqueles jovens que vivem na castidade, no estudo bíblico, que testemunham em suas universidades apenas com o seu jeito de ser e de transmitir Deus. E como diz este fragmento da música ♪Precisa-se de Santos, Vox Dei:

♪ Santos que ouvem reggae, pop, samba, forró, Cristãos

Nas ruas, com seus Ipods, cantam ao Deus que é perdão.

Vivem no mundo e no mundo não tem medo de viver

Pois o exemplo é Jesus Cristo e eu já sei quem quero ser...

A letra descreve claramente a Santidade a ser vivida por nossa juventude que deseja “ser diferente”, dentro da atual realidade da globalização. Os meios disponíveis poderão tornar-se ferramentas para a evangelização e nós seremos os instrumentos, essa ponte de ligação de Deus com cada um de nós e com nossos irmãos.

 “... Enfim, NÃO É NECESSÁRIO DEIXAR DE SER JOVEM PARA SER SANTO! Aliás, é condição básica!” (GONÇALVES, 2010, pag.9.)

A nossa juventude precisa de gente que não tenha medo de pregar o evangelho e de gritar para o mundo: “Eu sou de Deus”. Precisamos de adolescentes que queiram lutar por um mundo mais santo, mais redimido. De crianças que desde cedo aprendem o sentido do amor e da misericórdia. De jovens comprometidos com o futuro de seu país e, com o mais importante, com a vida eterna que só é adquirida quando se luta e se busca a Deus em todos os instantes da vida.

Tudo é passageiro, mas Deus é eterno. Ele nos deu a graça de sermos jovens, de termos essa força e tantos talentos. E ele irá cobrar de cada um de nós tudo o que nos foi dado. Precisamos viver nesse mundo sem pertencer a ele, pois tudo nos é permitido, mas nem tudo nos convém.

Sabemos que tudo isso não é fácil, mas também não é impossível. Deus nos concede a força necessária às batalhas de nossa vida, ele nos protege, nos guarda e espera um retorno de nós. É preciso que nos lancemos às águas mais profundas, que tenhamos a “ousadia” de inovar, criar e realizar. Sejamos esses instrumentos nas mãos de Deus, usados como um canal de graça e conversão na vida dos nossos irmãos.

 Então, o desafio está lançado. Sejamos santos e lembremo-nos de que se formos fiéis no pouco, Deus nos confiará mais.

Pereira, Carleane do Nascimento.

15 de fevereiro de 2011.